25 agosto 2012

A toponímia de Altura


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Freguesia de Altura

Não encontrei no organograma constante do site do Município de Castro Marim qualquer referência que elucide sobre a existência de uma Comissão de Toponímia. Porém, com essa, ou com qualquer outra designação, deve existir na “Divisão Urbanística Administrativa” um departamento que se ocupe dessa matéria, importante em qualquer localidade.

Se, como penso, tal departamento existe, não tem sido muito o trabalho que tem tido para atribuir nomes às ruas de Altura. De facto, o “anonimato” é uma característica da maior parte das artérias desta freguesia, o que constitui um verdadeiro quebra-cabeças, quer para visitantes, quer para os motoristas de viaturas de serviços de entregas.


Urbanização das Laranjeiras, na rua Direita

Eu próprio, quando vim para Altura, tive de alugar um apartado na estação dos CTT de Cacela, para ter a certeza de que receberia a correspondência que me era dirigida. O problema ficou mais ou menos resolvido, quando decidi desenhar e imprimir um “croquis”, que entreguei ao responsável pelo Centro de Distribuição dos CTT, em Vila Real de Santo António. E, de cada vez que fazia uma compra que obrigasse a entrega posterior, entregava o “croquis” para que o motorista não andasse às aranhas.

Isto acontece porque, na freguesia, em vez do (quase inexistente) nome das ruas, aos endereços são atribuídos os nomes das urbanizações, com o número do respectivo lote. Sucede que as urbanizações são muitas – algumas com nomes que não lembrariam ao demo - e, à excepção das mais antigas e mais conhecidas, a maior parte não tem mais de uma dúzia de lotes. 

Andar, por exemplo, à procura do Lt. 2B da Urbanização Constroventur (sim, o endereço existe) pode ser uma “aventura” demorada.


Urbanização das Laranjeiras, junto à EN 125

Mas a coisa piora para quem tiver de fazer entregas na Urbanização das Laranjeiras, porque, de facto, existem em Altura duas urbanizações com este nome. Embora já existisse uma, há pelo menos dez anos, por coincidência numa das poucas ruas que têm nome – a Rua Direita –, o Município, quando no mandato anterior construiu um bairro social, junto à EN 125 (mesmo ao lado, autorizou, mais tarde. a instalação de uma bomba de combustíveis), decidiu baptizar o bairro com o mesmo nome, como se pode confirmar nestas imagens.

Não teria sido mais fácil para toda a gente se, à medida que Altura ia (vai) crescendo, fossem atribuídos nomes - ou mesmo números - às ruas que iam sendo construídas?

21 agosto 2012

Recado para a Câmara Municipal de Soure


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Rua José Coelho

Há três anos, mais mês, menos mês, a Câmara Municipal de Soure resolveu deitar mãos à obra, colocando novos tapetes de asfalto na maior parte das, então esburacadas, ruas da freguesia de Alfarelos.

Não tendo a autarquia feito mais do que era sua obrigação, nem por isso os alfarelenses deixaram de ficar gratos pela melhoria, que, esperavam, corrigiria a situação para os “próximos” anos. O que talvez não esperassem era que, em tempo tão “próximo”, algumas ruas voltassem a apresentar nítidos sinais de deterioração.



Nesta imagem é bem visível o péssimo estado do piso

Numa recente visita à vila, ao circular na Rua José Coelho, quer de automóvel, quer a pé, constatei que o tapete (ou estarei mais certo se escrever folha, em vez de tapete?) de asfalto colocado pelas máquinas da autarquia tinha desaparecido completamente – a faixa asfaltada que se vê à direita das fotos, e que parece ter a espessura devida, foi colocada pela empresa que andou a instalar os tubos para o fornecimento de gás – tendo sobrado apenas uma espécie de brita solta, particularmente incómoda para os peões.

Não é preciso ser um especialista para se perceber que a camada de asfalto então colocada à superfície, devia estar muito longe dos 5 cm de espessura que os técnicos recomendam.

Resta-nos esperar que o Município, a quem vou enviar este post (bem como ao meu amigo A. Serrano, presidente da Junta de Freguesia de Alfarelos), proceda à reparação dos estragos com a celeridade que a situação exige, porque esta rua, embora não tenha muito trânsito – não se pode afirmar que haja muito trânsito nas ruas de Alfarelos – é das mais utilizadas para quem, a partir do centro, se desloca para fora da localidade

15 agosto 2012

Recado para o Município de Oeiras





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Quer esta fotografia, quer a que podem ver mais abaixo, mostram um terreno situado entre a Rua de Olivença e a Rua Rodrigues de Freitas, em Algés, que foi expropriado há algumas dezenas de anos, pela Câmara Municipal de Oeiras, a fim de construir um jardim público.



O jardim foi realmente construído e, durante vários anos, a Câmara ocupou-se da sua manutenção. Entretanto, por razões que hoje parece ninguém saber explicar, a autarquia deixou o espaço praticamente ao abandono – restando apenas as árvores, que cresceram desordenadamente – limitando-se de longe em longe a mandar uma equipa para fazer a limpeza do terreno, normalmente depois de um dos vizinhos reclamar pelo avolumar do lixo.

Em todo o caso, o acesso ao espaço – público, importa salientar – manteve-se livre a partir da Rua de Olivença, quer através de escadas situadas à esquerda da fotografia (mas não visíveis), quer pelo “um túnel” que fica por baixo dos prédios (que os frondosos ramos não deixam ver).



Debaixo da árvore são visíveis dois grelhadores, colocados (abusivamente, suponho) pelo cidadão citado neste texto

Todavia, numa data que não consigo determinar, um morador do prédio que a fotografia acima mostra, decidiu fazer uma horta no terreno, pequena de início, mas que foi aumentando, de ano para ano.

Mais tarde, suponho que à revelia dos serviços da autarquia, porque não vejo que base legal poderia ser invocada para o efeito, instalou um portão nas escadas, impedindo o acesso ao terreno.


O portão que impede o acesso pelas escadas

Logo nessa altura, um dos familiares da anterior proprietária do terreno, alertou os serviços camarários para a situação irregular, que se assemelhava ao primeiro passo de uma tentativa de tomada de posse, ilegal, de um espaço público. De nada valeu o alerta, porque os responsáveis nada fizeram. Se estou bem informado, nem resposta deram.

Mais recentemente, o referido morador, proprietário de um pequeno estabelecimento comercial, na Rua de Olivença, à entrada do túnel já mencionado, decidiu reconvertê-lo numa espécie de café – que denominou Casa Económica – e, de caminho, resolveu interditar definitivamente o acesso ao espaço a que me venho referindo, mandando colocar um gradeamento a toda a largura do túnel, com um portão que dá acesso ao café, bem como a uma esplanada que ali instalou.

Os serviços municipais não podem alegar desconhecimento da situação porque, já depois de o acesso ao terreno ter sido totalmente vedado, nos termos acima descritos, a autarquia mandou uma equipa para fazer nova limpeza do espaço, que, não se espantem, parece ter tido a colaboração activa do “novo dono”.


O gradeamento que veda o acesso pelo "túnel"

Escrevo “novo dono”, porque se o que se está a passar perante a, pelo menos aparente, indiferença de quem devia zelar pela “coisa pública”, não é uma tomada de posse, que quem sabe, daqui por algum tempo, dando os passos certos não acabará em propriedade plena, utilizando a figura legal tão usada e abusada por esse país fora denominada “posse por usucapião”.

Como reagirá a autarquia se os herdeiros da anterior proprietária decidirem iniciar um processo legal para reaver a propriedade, expropriada com uma finalidade expressa, e agora abandonada pelo Município, e utilizada para outros fins que não os inicialmente invocados?

12 agosto 2012

A zona de lazer de Altura



Tendo em vista proporcionar momentos de fruição cultural e convívio a todos aqueles que procuram o concelho de Castro Marim para gozar as suas férias, nomeadamente em Altura, a Câmara Municipal organiza nos meses de julho, agosto e setembro um programa de Animação de Verão na zona de lazer junto à Avenida 24 de Junho, às quartas-feiras a partir das 22.00 horas.

O programa de Animação de Verão em Altura contempla um conjunto de espetáculos musicais variados, cujos géneros contemplam o folclore, a música tradicional portuguesa, o fado e as danças sevilhanas.

A iniciativa tem a realização da Câmara Municipal de Castro Marim e a colaboração do Clube Recreativo Alturense.

Programa:

08 de agosto – Música Tradicional Portuguesa com o “Cante Andarilho”
17 de agosto – Fado com Márcio Gonçalves, Aníbal Vinhas e Ricardo Martins
22 de agosto – Música Tradicional Portuguesa com os “Cantares da Meia Noite”
29 de agosto – Banda Musical Castromarinense
05 de setembro – Música Popular com “Ângelo Correia”


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A zona em frente ao "palco", vedada 

Este texto foi transcrito a partir do site do Município de Castro Marim, e não seria, por si só, motivo para um post, apesar da minha surpresa por ficar a saber que um conhecido político (que é – além de empresário de reconhecido mérito – habitualmente referenciado como mentor do nosso primeiro-ministro) também se dedica à Música Popular, com apresentações públicas e tudo.

A menos que o facto de o nome se encontrar entre aspas, ao contrário do que sucede com os restantes artistas nomeados, signifique que, afinal, o nome do artista é realmente outro, porventura menos famoso, e que no dia 5 de Setembro vou ter a desilusão de não assistir à performance do antigo ministro do Governo de Balsemão (e se pensam que vou agora falar da “inventona dos pregos”, estão redondamente enganados).


Aspecto geral da zona de lazer

Posto este introito, esclareço que eu quero mesmo é escrever sobre a zona de lazer de Altura, onde se vão realizar os anunciados espectáculos.

Para quem não conhece Altura – e nem sabe o que perde – esclareço que a zona de lazer é um espaço com mesas, bancos, toldos, tendo o empedrado sido substituído por tábuas de madeira. Com um design muito bem conseguido, o resultado foi termos ganho um lugar muito agradável, onde as pessoas podem passar algum tempo conversando, lendo, ou mesmo navegando na Internet, já que a zona tem rede Wi-Fi.

Porém, depois de construído, alguém se esqueceu de que uma “construção” com aquelas características, para se manter operacional e atractiva, necessita de trabalhos de manutenção que, aparentemente, alguém se esqueceu de fazer.


Outro aspecto da zona vedada. É visível o desnível do piso

Apesar das mesas e dos bancos estarem a pedir uma atenção especial, para que que possam continuar a ser usadas sem pôr em perigo o asseio dos utilizadores, a situação mais grave verifica-se com o chão de madeira, desnivelado, onde os mais distraídos podem tropeçar e, eventualmente, cair, situação que já obrigou a vedar parcialmente a referida zona, que se situa, por coincidência, no local onde vão ter ter lugar os serões musicais.

Senhores autarcas, que tal mandar proceder aos trabalhos de manutenção antes que alguém se aleije?



Também aqui é visível o mau estado das tábuas

07 agosto 2012

"Esperteza saloia"



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Quem passear nas ruas de Altura depara-se, frequentemente, com situações, no mínimo, insólitas.

Nestas situações incluem-se anexos, “barracas”, marquises, etc., que desvirtuam por completo os projectos dos arquitectos, devidamente aprovados pelos serviços do Município, e que, na maior parte dos casos, justificavam uma queixa crime dos autores, por manifesta adulteração da sua obra (já que dos que têm obrigação de fiscalizar não podemos esperar muito, a não ser intervenções pontuais, quase sempre, arbitrárias).

Estas duas fotografias mostram-nos que o(s) proprietário(s), desta moradia não gostarão, provavelmente, que os cães urinem no portão, e na tentativa de o evitarem trataram de o “enfeitar” com mosaicos. Que não gostem, eu até percebo; eu também não gosto, mas prefiro ir dando umas “mangueiradas” (apesar da factura da água ter aumentado este ano de uma forma absolutamente disparatada. E o pior é que o consumidor não tem alternativa, pelo que tem de aceitar este “contrato” de fornecimento verdadeiramente leonino) que vão evitando os maus cheiros.



Porém, parece que também não gostam que a água da sua varanda, seja ela proveniente da chuva, ou tenha origem nas operações de limpeza (isto é, água suja) de que a referida varanda deve ser objecto periodicamente, possa eventualmente cair no espaço que antecede a porta da casa. E, a forma mais expedita de o evitar foi colocarem o tubo, que as fotografias também mostram, que canaliza as águas, mais ou menos limpas, para cima dos incautos que forem a passar na rua.

A menos que eu não esteja a ver bem a coisa, e, quer os mosaicos, quer o tubo, não passem de obras de arte, destinadas a tornarem-se mais um polo de atracção turística de Altura.

02 agosto 2012

O espelho invertido




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A fim de permitir uma maior fluidez no trânsito, apenas se pode circular no sentido descendente da Rua da Alagoa, em Altura, de 15 de Junho a 15 de Setembro.

Trata-se de uma medida cujo acerto é por demais evidente, não só devido ao aumento do número de veículos em circulação nesta localidade durante aquele período, mas também à necessidade de providenciar o seu estacionamento, facilitando deste modo o acesso dos clientes aos vários estabelecimentos comerciais situados na referida artéria.

Porém, no melhor pano cai a nódoa, diz a sabedoria popular.

Acontece que, há dias, circulando na Rua da Palmeira em direcção à Rua da Alagoa, verifiquei que o sinal de trânsito indicando a obrigação de virar à direita, lá estava a cumprir o seu papel. No entanto, decerto por distracção, o espelho situado por cima do referido sinal, e que nos devia mostrar o tráfego proveniente da nossa esquerda é inútil, porque apenas mostra o lado da rua no sentido ascendente, de onde não pode circular nenhum veículo, a menos que esteja em infracção (o que acontece frequentemente com veículos de duas rodas).

Vamos rectificar a situação?