05 julho 2012

Altura ao abandono?


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A freguesia de Altura parece uma terra abandonada pelo Município de Castro Marim.

Basta passearmos um pouco pelas suas ruas para nos apercebermos dessa espécie de abandono. Nos passeios, as ervas crescem sem que os serviços da autarquia pareçam preocupar-se.



Os espaços verdes deixaram de ter os cuidados necessários. A relva está a ficar seca e sem recuperação possível – incluindo a zona envolvente da Junta de Freguesia – e as sebes que circundam os espaços relvados encontram-se igualmente descuidadas. Por um lado, não são aparadas (no cruzamento junto ao Centro de Saúde a altura descontrolada da sebe dificulta a visão dos condutores que, subindo a rua no sentido ascendente, não têm visão suficiente do trânsito que vem do lado esquerdo); por outro, alguns dos arbustos que vão secando, não são substituídos.




Não me parece que as restrições orçamentais, de que a própria autarquia já fez eco no seu site, sendo relevantes, justifiquem tudo. Aliás, algumas das iniciativas habituais, do tipo pão e circo, mantêm-se activas.



Como tem sido hábito em anos anteriores, os responsáveis, só quando se aproxima a época balnear se preocupam em melhorar a situação, para mostrar a cara lavada aos veraneantes. Percebe-se, porque estes são importantes para a depauperada economia local. Basta ver as salas meio vazias de restaurantes que, em anos anteriores, não tinham mãos a medir. Para já não falar dos que já nem abrem.



Porém, este ano a “lavagem de cara” começou tarde, e mal. Em vez da “brigada” que costumava andar de rua em rua a arrancar as ervas, puseram dois trabalhadores a colocar herbicida por toda a freguesia (ou a “ceifar” as que já pareciam uma seara, com roçadouras mecânicas). Para além do atentado ambiental que constitui a utilização do herbicida, esta medida não contribuiu para resolver o problema: a erva secou, mas continua lá.



Deve ser muito difícil ser autarca, e sentir que não consegue resolver os problemas básicos das populações que é suposto servir.

Para esses desinteressados servidores públicos, fica a minha solidariedade.



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