(Clicar nas fotos para aumentar)
A
freguesia de Altura parece uma terra abandonada pelo Município de
Castro Marim.
Basta
passearmos um pouco pelas suas ruas para nos apercebermos dessa espécie
de abandono. Nos passeios, as ervas crescem sem que os serviços da
autarquia pareçam preocupar-se.
Os
espaços verdes deixaram de ter os cuidados necessários. A relva
está a ficar seca e sem recuperação possível – incluindo a zona
envolvente da Junta de Freguesia – e as sebes que circundam os
espaços relvados encontram-se igualmente descuidadas. Por um lado,
não são aparadas (no cruzamento junto ao Centro de Saúde a altura
descontrolada da sebe dificulta a visão dos condutores que, subindo
a rua no sentido ascendente, não têm visão suficiente do trânsito
que vem do lado esquerdo); por outro, alguns dos arbustos que vão
secando, não são substituídos.
Não
me parece que as restrições orçamentais, de que a própria
autarquia já fez eco no seu site, sendo relevantes, justifiquem tudo.
Aliás, algumas das iniciativas habituais, do tipo pão e circo,
mantêm-se activas.
Como
tem sido hábito em anos anteriores, os responsáveis, só quando se
aproxima a época balnear se preocupam em melhorar a situação, para
mostrar a cara lavada aos veraneantes. Percebe-se, porque estes são
importantes para a depauperada economia local. Basta ver as salas
meio vazias de restaurantes que, em anos anteriores, não tinham mãos
a medir. Para já não falar dos que já nem abrem.
Porém,
este ano a “lavagem de cara” começou tarde, e mal. Em vez da
“brigada” que costumava andar de rua em rua a arrancar as ervas,
puseram dois trabalhadores a colocar herbicida por toda a freguesia
(ou a “ceifar” as que já pareciam uma seara, com roçadouras
mecânicas). Para além do atentado ambiental que constitui a
utilização do herbicida, esta medida não contribuiu para resolver
o problema: a erva secou, mas continua lá.
Deve
ser muito difícil ser autarca, e sentir que não consegue resolver
os problemas básicos das populações que é suposto servir.
Para
esses desinteressados servidores públicos, fica a minha
solidariedade.
Sem comentários:
Enviar um comentário