14 janeiro 2014

"E não se pode exterminá-los?"

(Clicar nas fotos para aumentar)





O Município de Castro Marim decidiu colocar contentores para recolha de lixo reciclável no passeio fronteiro à Unidade de Saúde Familiar de Altura.

Trata-se de uma medida acertada quanto à zona escolhida, mas errada no que se refere ao local exacto onde foram colocados os referidos contentores.




Desde logo, porque apesar dos contentores terem duas aberturas, o facto de se encontrarem junto à sebe que delimita o espaço verde ali existente, apenas permite o depósito dos objectos a reciclar, por um dos lados. Porém, para agravar a situação, alguns automobilistas não respeitam a sinalização que no local proíbe o estacionamento de veículos (*). Há alturas do dia, sobretudo durante grande parte da manhã, em que o horário de funcionamento da Unidade de Saúde, coincide com a entrada das crianças no Centro Infantil, em que o trânsito e o estacionamento de viaturas se torna verdadeiramente caótico.



Quando, hoje, fui depositar alguns objectos recicláveis, deparei com o automóvel que estas imagens mostram estacionado de tal modo que apenas dava livre acesso ao contentor destinado ao cartão e ao papel.



(Quando por qualquer motivo fotografo viaturas para publicação neste blogue, ou em qualquer rede social, não deixo a matrícula visível. Desta vez decidi não o fazer. Pode ser que as fotos cheguem ao conhecimento do infractor, e ele tenha um laivo de vergonha e não repita a “graça”. O que não significa que outros não o façam.) (**)

Voltando à localização do ecoponto, julgo que teria sido melhor opção escolher o passeio lateral da Unidade de Saúde. Tem espaço suficiente – é mais largo do que o local escolhido –, e os moradores poderiam utilizar as duas aberturas dos contentores. Além de que não prejudicaria, de um ponto de vista paisagístico, a pequena zona verde como agora acontece. E tudo isto sem qualquer custo adicional.


(*) Aliás, o desrespeito pela sinalização de trânsito em Altura constitui a regra geral, seja nos sinais de stop, seja, por exemplo, no desrespeito pela linha amarela contínua na Rua da Alagoa, perante a aparente passividade de quem devia zelar pelo cumprimento das regras de trânsito, ou nas velocidades claramente excessivas a que alguns condutores circulam no interior da freguesia (embora não ignore que as restrições de ordem financeira condicionam a operacionalidade dos órgãos responsáveis).



(**) Pouco mais de duas horas depois de se ter verificado o episódio que acima refiro, tive de passar novamente pelo mesmo local. O automóvel que lá estava já tinha sido substituído pelo que estas fotos mostram.



Parafraseando o título de uma peça de Karl Valentin, apetece perguntar: “E não se pode exterminá-los?”


Refiro-me aos maus hábitos, e não aos mal habituados, claro.

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