(Clicar na imagem para aumentar)
Imagem do jornal Público
Começo por esclarecer que, por uma vez (algum dia teria que ser), me sinto inclinado a concordar com Maria Filomena Mónica.
Em conformidade com a lei vigente, apenas a Assembleia da República tem competência para propor e votar, pelo menos um ano após a morte dos escolhidos, os méritos que justifiquem a sua eventual transladação para o Panteão Nacional.
Actualmente, a referida lei prevê a possibilidade de serem transladados para aquele monumento "os
cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao
país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares,
na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e
artística, ou na defesa dos valores da civilização, em prol da
dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.»
Como se vê, nada na lei prevê que as "estrelas" do futebol possam usufruir daquela honra. Mesmo que se chamem Eusébio, e tenham sido talentosos futebolistas do Sporting de Lourenço Marques, do Benfica, do Beira-Mar, de Aveiro, bem como da União de Tomar (para só falar de clubes portugueses, ou que o eram à época).
Também é verdade que da chamada "Casa das Leis" - que Paulo Morais, professor universitário, e vice-presidente da Transparência Internacional para Portugal, qualifica como sendo "o centro de corrupção em Portugal" - podemos esperar quase tudo, pelo que não me surpreenderá se fizerem uma alteração à lei, incluindo os desportistas entre os eleitos.
A ver vamos...
1 comentário:
Carlos, infelizmente nao e so em Portugal que essas coisas se passam. Aqui, na Australia, apesar de termos alguns herois, dois deles a quem foi atribuida recentemente a Victoria Cross na guerra do Afeganistao, alguns membros do Governo queriam incluir nas listas de honra (ver http://www.anzacday.org.au/education/medals/vc/austlist.html) do Australian War Memorial em Canberra (http://www.awm.gov.au/), o nome de um soldado que morreu a brincar com o revolver de servico, depois de ja ter bebido algumas cervejas. A propria RSL (Returned and Services League), que representa os veteranos das forcas armadas, revoltou-se contra a ideia e impediu que isso acontecesse. Pormos futebolistas e cantores no Panteao Nacional e, entre outras coisas, absolutamente ridiculo.
Um abraco dos teus primos na Australia
Enviar um comentário