29 agosto 2005

Recados de Algés (I)

Vou aproveitar a minha breve pasagem por Algés para deixar alguns recados.

Mäo amiga fez-me chegar um e-mail que foi enviado em 16 do corrente para o Gabinete da Sra. Presidente da Câmara de Oeiras. Transcrevo a seguir o essencial dessa mensagem.




(...)
1 - No jardim de Algés, junto à Marginal e à Alameda Hermano Patrone, existem 4 caixas dispensadoras de sacos de plástico destinadas à recolha de dejectos caninos. A sua colocação merece os maiores encómios. Infelizmente, encontram-se frequentemente vazias, como acontecia hoje, de manha (conforme foto que junto - a propósito: a expressão " presente de cão" não me parece particularmente inspirada, tendo uma desnecessária conotação acintosa), e pelo menos desde há dez dias. Não será possível um pouco mais de atenção?

2 - Estão, não só muitas autarquias, mas também muitos particulares, entre os quais me incluo, empenhados numa prática de poupança de água, face ao problema da seca que assola o País. Neste contexto, é de difícil compreensão assistir a regas no jardim anteriormente citado, poucos minutos antes do meio-dia, debaixo de um Sol inclemente. Como é sabido, regar a essa hora é também uma forma de desperdiçar água.

3 - Na Rua de Olivença, igualmente em Algés, foram efectuadas em 2004 obras para abertura de valas, por uma empresa ao serviço da Lisbogás, que duraram intermináveis meses. Agora, a empresa voltou, provavelmente para rectificar trabalho mal feito. Sucede que os trabalhos que deveriam ter terminado em 29 de Julho, último, continuam inacabados, como se pode ver pela foto anexa, tirada hoje. Teremos que sofrer eternamente as consequências da impunidade de que parecem beneficiar estas empresas? Quem as fiscaliza? Ou não há fiscais?

(...)



Ontem mesmo, tive ocasiäo de verificar que a situaçäo se mantinha exactamente na mesma. Com uma diferença: näo havia jardineiros a regar. Fui informado de que a rega só é necessária de segunda a sexta-feira. Aos sábados domingos e feriados o jardim sobrevive sem rega, pelo que a dispensa. O que vem confirmar o desperdício que constitui o gasto de água diário .

Quanto aos sacos para o cócó dos cäes, as vozes do povo têm duas versöes.

Numa, o encarregado de abastecer as caixinhas carregou-as, foi de férias no mês de Agosto e - tal como na anedota em que um cavava e outro tapava o buraco, porque o que punha a planta tinha faltado - só voltará a haver sacos quando ele voltar.

Noutra, mais venenosa e em que näo acredito, haverá uma facçäo de responsáveis nos Serviços da Câmara que, pretendendo que a actual presidente perca as eleiçöes, pratica uma política de quanto pior, melhor.

Se calhar nenhuma corresponde à verdade. Será?

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