08 agosto 2005

A seca é uma seca

Somos um país atreito a secas. Secas de vários tipos. Ciclicamente a chuva esquece-se de cair. O que parece agradar às Cassandras que vêm logo alertar para o risco de morrermos de sede (ou intoxicados pelo mau cheiro de quem tem, assim, um bom pretexto para a falta do duche da ordem, como diz um amigo meu). Ah! e também agrada a quem comercializa produtos hortícolas. Basta passar por um mercado para o constatar.

Nesta onda delirante da seca, até há, agora, uma publicidade na TV aconselhando-nos a tomar o duche ou o banho de imersäo em 5 minutos. Primeiro, ninguém enche uma banheira para tomar banho de imersäo a correr. Segundo, nem devem falar em banho de imersäo se querem mesmo incentivar a poupança de água.

A menos que seja propaganda como a que fazem algumas autarquias que, por um lado, dizem à populaçäo que evite regar jardins, lavar carros, etc. (recomendaçöes que caem em saco roto. Aliás, ainda näo ouvi nada sobre a rega de campos de golfe), por outro, regam diariamente os espaços ajardinados, sem cuidar de o fazer às horas mais convenientes (durante a noite, como qualquer agricultor sabe), mesmo se o sistema de rega é automático.

Estas duas fotografias de espaços públicos, comprovam-no.





As restantes, säo apenas três exemplos de sistemas de rega de jardins, cujos donos estäo ausentes durante a maior parte do ano e que funcionam todos os dias, seja Veräo ou seja Inverno, faça sol ou faça chuva. E que näo se limitam aos seus pequenos espaços. Aparentemente têm receio que o alcaträo seque.







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