O jornal PÚBLICO tem vindo, de forma habilidosa (ou devia antes escrever ardilosa?), a aumentar o preço de venda.
Depois de ter aumentado ao sábado porque passou a incluir a Xis , foi a vez da sexta-feira porque inclui o Inimigo Público - aqui dou o aumento por merecido -, do domingo, dia em que sempre foi mais caro , porque passou a incluir uma coisa chamada Kulto , supostamente dedicada aos mais pequenos e que foi objecto de uma carta da Dra. Maria do Carmo Vieira, em que era fortemente zurzido. Em aparte, acrescento que foi vergonhosa a resposta que o jornal deu àquela professora de Língua Portuguesa.
(Aliás, alguns jornalistas do PÚBLICO convivem muito mal com as críticas dos leitores. Talvez por isso, a Direcção voltou a deixar cair a figura do Provedor do Leitor, que foi efemeramente exercido pelo jornalista Joaquim Furtado (que, de resto, foi mais Pilatos do que Provedor) depois de um longo interregno. Volte, Joaquim Fidalgo!)
Voltando à vaca fria: o último aumento surgiu hoje, para surpresa dos leitores e, ao que parece, dos vendedores que, a fazer fé na funcionária da papelaria onde compro jornais e revistas, também só hoje souberam de mais esta investida no bolso do incauto leitor. O pretexto é uma nova revista de "economia" que substitui o anterior caderno das segundas-feiras.
Resultado: só às terças, quartas e quintas-feiras é que o jornal custa o preço que supostamente seria o normal.
Quem é que lhes disse que eu e muitos outros leitores estamos interessados numa revista que de economia parece trazer pouco? Os que estão realmente interessados compram jornais especializados e melhor informados sobre o tema. Só falta que um dia destes seja obrigatório que, para trazer o jornal, seja obrigatório comprar também o DVD, o livro, o CD, a concha da sopa, a cafeteira do café, a medalhinha de S. Anastácio e sei lá que mais,talvez um lote de acções da SONAE, pagando o respectivo preço, já se vê.
Isto para não falar na fraca qualidade do produto, enquanto obra de tipografia, que me chega diariamente às mãos. As folhas com vincos que quase obrigam a mandá-lo à engomadoria para conseguir ler todas as linhas, borrões de tinta ou falta dela dando origem a espaços em branco, culminando com a dobragem e corte das folhas, que por vezes, aparecem sem margem, omitindo as primeiras letras, ou as últimas, consoante o caso.
Há 15 anos deixei de comprar regularmente o Diário de Notícias que foi substituido pelo PÚBLICO. Talvez esteja na hora de fazer o caminho inverso. Afinal, alguns dos melhores jornalistas já seguiram o mesmo caminho.
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